quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dicionário compilado de termos comuns em Química


É comum a frase “Quem tem boca vai a Roma”, mas na falta de uma voz que se expresse os sinais se desenvolvem e como em toda língua termos novos vão surgindo e desaparecendo com o passar do tempo. O ensino de química para alunos surdos, assim como o ensino inclusivo como um todo, sofrem do velho problema de “quem não se comunica, se trumbica”. Esquece-se que ensino é comunicação e mediação através da linguagem. Este trabalho compilado de alguns sites com dicionários de libras propõe divulgar e mostrar a necessidade de desenvolver com a comunidade surda sinais em ciências necessários para acessibilidade e cidadania na formação do educando.   




Jornal Vendo Vozes



Material desenvolvido para apresentação sobre surdez e surdocegueira “O Educando com Necessidades Educacionais Especiais” ministrado pela professora Fatima Lucília Vidal Rodrigues.

Química Nova na Escola e o ensino em Libras


A regista bimestral “Química Nova na Escola” (http://qnesc.sbq.org.br/online/) apresentou dois artigos interessantes sobre o ensino de química, a importância do interprete e o desenvolvimento de sinais específicos em Libras. Disponibilizo os links abaixo:

>> Silveira, E. Silveira e Sousa, Sinval F.  Terminologias Químicas na LiBras: A Utilização de Sinais na Aprendizagem de Alunos Surdos.

Resumo: No presente trabalho, apresentamos reflexões e apontamentos sobre a utilização de sinais referentes às terminologias químicas na língua brasileira de sinais. O trabalho revela a dificuldade dos professores de química em abordar esse conteúdo para pessoas com deficiência auditiva. Mostra ainda a relação entre intérpretes, professores e alunos surdos, bem como o processo de apropriação e utilização de alguns sinais por alunos surdos em aulas de química na cidade de Uberlândia (MG) e suas relações com os conceitos químicos.


>> Pereira, Lidiane L. S., Benite, Claudio R. M., Benite, Anna M. C. Aula de Química e Surdez: Interações Mediadas pela Visão .

Resumo: Pautados em bases sociohistóricas e culturais, apresentamos uma investigação com elementos de uma pesquisa participante que objetivou estabelecer o diálogo com a cultura surda na aula de química. Nossos resultados permitiram fazer uma proposição, tendo em vista redirecionar a prática pedagógica e admitindo a visão como alicerce da ação mediada.

Pesquisas em ciências



                Apesar de a LIBRAS ser conteúdo obrigatório no currículo das licenciaturas, conforme lei de nº 10.436/2002, regulamentada pelo decreto nº 5.626/2005 – poucas universidades estão adaptadas as exigências e os professores não possuem o requisito mínimo para lhe dar com alunos surdos: a comunicação. Esta constatação não impede que pesquisas no campo comessem se encaminhar procurando novas formas de ensinar e desenvolver sinais junto a comunidade surda para sua validação e propagação – possibilitando acesso cientifico e possibilidade de inclusão como cidadãos nas tomadas de decisão. Abaixo algumas pesquisas que valem a pena ser conferidas para quem trabalha com o ensino de ciências.

>> Referencia: FELTRINI, Gisele Morisson. Aplicação de modelos qualitativos à educação científica de surdos. 2009. 221 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências)-Universidade de Brasília,Brasília, 2009.

Disponível em:                  http://hdl.handle.net/10482/6204

Comentários: Desenvolve modelos qualitativos como ferramenta para a aquisição de conceitos científicos, o desenvolvimento do raciocínio inferencial e o aperfeiçoamento de competências linguísticas de estudantes surdos. Ao final da obra é apresentado um glossário em libras com os termos utilizados e desenvolvidos referente ao meio ambiente, indústria e aquecimento global.

>> Referencia: MARINHO, Margot Latt. O ensino da biologia: o intérprete e a geração de sinais. 2007. 143 p., il. Dissertação (Mestrado em Lingüística)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

                Disponível em: http://hdl.handle.net/10482/2768

                Comentários: Além de tratar da importância dos interpretes em sala, a geração de sinais relativos a biologia e química entram em pauta para abordar temas como Carbono, Radicais, aminas, dentre outros.

>> Referencia: HIDALGO, Paulo Henrique. Libras: Dificuldades acarretadas pela falta de sinais específicos para o ensino de física. 2010, 79 p. il. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Física) – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul, MS, 2010.

                Disponível em: http://fisica.uems.br/curso/tcc/tcc2010/paulo.pdf

>> BOTAN, Everton e CARDOSO, Fabiano César. Ensino de Física, Lingua Brasileira de Sinais e o projeto “Sinalizando a Física”: Um movimento a favor da inclusão cientifica. XVIII SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA – SNEF 2 0 0 9 – VITÓRIA, ES.